sexta-feira, 18 de julho de 2014

NOITE PARA CLEMENTINA: Transformando Quelé, no Teatro Solar B Vista em Salvador /BA

Bahia já

Ascom Cultura 
Salvador






Tributo chega a sua terceira edição e abre a Semana da Mulher Negra, com Juliana Ribeiro, Grupo Barlavento e convidados


O Cine Teatro Solar Boa Vista será mais uma vez palco da noite em homenagem a Clementina de Jesus. Dia 19 de julho, a partir das 18h30, Juliana Ribeiro e Grupo Barlavento serão os anfitriões da festa que terá exibição do filme de Werinton Kermes e Míriam Cris Carlos (Rainha Quelé), muitos artistas do samba baiano e performances transformistas para saudar a Diva em seu 27º aniversário de morte. O evento calendarizado abre a Semana da Mulher Negra promovida pelo espaço cultural da Secretaria de Cultura da Bahia, situado no Engenho Velho de Brotas.

A noite de sábado no Solar Boa Vista será iniciada com a exibição do filme Rainha Quelé, que tem a participação de grandes nomes da música brasileira como Martinho da Vila, Leci Brandão e Paulinho da Viola. Em seguida, o Grupo Barlavento sobe ao palco para apresentar os sambas de roda do seu mais novo show, Mariscada na Roda, e recebe Juliana Ribeiro para cantarem juntos clássicos do repertório de Clementina.

Juliana pega o bastão de ouro e segue convidando outros artistas para cantarem em homenagem à vida e obra de Quelé. A cantora e pesquisadora, que assina a direção artística do evento em sua terceira edição, convida também ao palco três artistas transformistas para performances surpreendentes e aposta na inovação para perpetuar as tradições. “A beleza de Clementina está em sua capacidade de trazer a ancestralidade da canção afro-brasileira para a contemporaneidade e continuar emocionando nos dias atuais”, enfatiza a idealizadora do tributo.

Transformando Quelé promete ser uma noite multiartística com muito samba, corimas, jongos, pontos, cinema, performances e encontros memoráveis. Juliana e Barlavento dividem o palco com Grupo Botequim, Walmir Lima, Mazzo Guimarães, Luciano Bahia, Sambatrônica, Edil Pacheco, Vércia Gonçalves, Carlos Barros, Lia Chaves, Rita Bráz, Glória Terra, Chita Fina, Marília e Sueli Sodré, Tonho Matéria e Grupo Tapuia. Além dos artistas transformistas Valerie O’ hara, Fera Sunshine e Afonso Oliveira.


SERVIÇO

“NOITE PARA CLEMENTINA: TRANS FORMANDO QUELÉ” Homenagem aos 27 anos de morte de Clementina de Jesus Quando: 19 de julho de 2014 Onde: Cine Teatro Solar Boa Vista (Engenho Velho de Brotas) Entrada: Gratuita (os artistas estrão recebendo a doação voluntária de 2 pacotes de leite em pó para ajudar o Projeto Salvador, instituição beneficente situada na Estrada de São Lázaro)


PROGRAMAÇÃO

18h30 - Filme Rainha Quelé, do diretor paulista Werinton Kermes;

19h30 – Mariscada na Roda (Samba de roda);

20h30 - Juliana Ribeiro, Grupo Barlavento, Performances Trans e Convidados.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Rainha Quelé em cartaz no Santander Cultural - Porto Alegre

O documentário Clementina de Jesus - Rainha Quelé entrará em Cartaz no Cinema Santander Cultural em Porto Alegre/ RS. 
Os ingressos podem ser obtidos pelo site:

Imagem do Evento

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Categoria: Cinema
Gênero: Clássico
Local: Cinema Santander Cultural
Cidade: Porto Alegre/RS
País: Brasil
Endereço: Rua Sete de Setembro, 1028 - Centro Histórico



Clementina de Jesus - Rainha Quelé


O documentário é uma homenagem à cantora Clementina de Jesus, também chamada de Rainha Quelé. Com participação de Martinho da Vila, Paulinho da Viola, João Bosco, Cristina Buarque, Leci Brandão, Paula Lima e Grupo Fundo de Quintal.

Classificação: Livre.

Meia Entrada: Senior e Estudante mediante apresentação de documento que comprove o beneficio.

Ponto de Venda sem Taxa de Conveniência: Santander Cultural = Rua Sete de Setembro, 1028, Centro Histórico, Porto Alegre RS Brasil
Horário de funcionamento: Ter a sábado, das 10h às 19h E Domingos e feriados, das 13h às 19h


O Santander Cultural é o centro cultural brasileiro mantido pelo Banco Santander em um prédio histórico de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Localiza-se na Praça da Alfândega. O prédio possui aproximadamente 5.600 m² de área construída e é tombado pelo Patrimônio Histórico Estadual, fazendo parte de um conjunto arquitetônico precioso do Centro que, com o estabelecimento do centro cultural, ganhou mais um grande impulso de revitalização.

domingo, 15 de dezembro de 2013

"Retrospectiva do Cinema Brasileiro" exibe Clementina de Jesus Rainha Quelé

SESC CineSesc

A 14ª edição da Retrospectiva reúne longas-metragens lançados entre novembro de 2012 e outubro de 2013

Na mostra, que conta com 112 longas-metragens, será possível assistir aos sucessos de bilheteria, ficções, documentários e filmes infantis. Uma oportunidade ímpar para os espectadores verem e reverem a produção cinematográfica nacional lançada no último ano.


15/12 às   15h

Clementina de Jesus – Rainha Quelé

 SESC CineSesc

 (Direção Werinton Kermes. Brasil, 2012, 56’. Documentário)
Documentário com material de arquivo e depoimentos ,  sobre a cantora Clementina de Jesus que dividiu o palco com Cartola, Paulinho da Viola, João Bosco, Alceu Valença, Pixinguinha e muitos outros. Neta de escravos, trabalhou por 20 anos como empregada doméstica e foi descoberta pelo poeta Herminio Bello de Carvalho, iniciando sua carreira artística aos 63 anos. Muito apreciada pelos artistas e a crítica, não foi -injustamente - grande sucesso em vendas de discos, mas um talento inconfundível.

http://www.sescsp.org.br/programacao/17971_RETROSPECTIVA+DO+CINEMA+BRASILEIRO#/content=programacao 

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Atividades culturais no Rio marcam comemorações do Dia da Consciência Negra

 
  



   

Alana Gandra - Agência Brasil


Rio de Janeiro - O Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (Ceap) promove hoje (20), Dia da Consciência Negra, uma exposição de cultura afro-brasileira, na casa de espetáculos Imperator, no Méier, zona norte da capital. O Brasil Black, em sua segunda edição, terá atividades, lançamento de livros, feira de afroempreendedores e uma sessão de exibição do documentário Raça, que trata da igualdade racial, de autoria do cineasta Joel Zito.
A partir das 16h30, no painel Heranças, serão debatidos temas ligados à influência da cultura e da religião negras no Brasil, à luta contra o racismo, aos heróis negros e à importância da Lei 10.639/2003, que instituiu o ensino da história da África e da cultura afro-brasileira nas escolas.
Vera Dayse Barcellos, Renato Nogueira, Gimes Rodrigues Filho, Roberta Fusconi e Cristiane Coppe de Oliveira são os autores que lançarão livros durante o evento. De acordo com informação do conselheiro estratégico do Ceap, babalaô Ivanir dos Santos, o objetivo é “fomentar a leitura sobre a verdadeira história da participação da população negra na construção do Brasil, além de dar visibilidade aos trabalhos de autores que pesquisam sobre o tema”.
Como parte das comemorações do Dia da Consciência Negra, o Cineclube Henfil de Maricá, município da Baixada Litorânea do Rio, exibirá o documentário Rainha Quelé, de 2011. Dirigido pelo cineasta Werinton Kermes, o filme aborda a história da sambista Clementina de Jesus, chamada de Quelé pelos amigos. Empregada doméstica durante 20 anos, Clementina começou a cantar profissionalmente só aos 62 anos, depois de ter sido descoberta pelo pesquisador de música popular brasileira (MPB) Hermínio Bello de Carvalho, em 1963, quando se apresentava em bares cariocas.
Clementina dividiu palcos com Pixinguinha, Paulinho da Viola e João Bosco, entre outros cantores e compositores nacionais de renome. O Cineclube Henfil é um projeto da secretaria municipal de Cultura de Maricá. O evento é gratuito. Haverá distribuição de senhas 30 minutos antes da sessão, programada para as 19h.
As comemorações do Dia da Consciência Negra prosseguirão no próximo dia 26, quando a Ceap promoverá o seminário Experiências Afro-Brasileiras na Gestão Pública, no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no centro da cidade, às 13h30. Na ocasião, será feito o lançamento do livro Os Afro-Brasileiros na Gestão Pública. Participarão do evento, negros que ocuparam cargos importantes no cenário político brasileiro, que relatarão como construíram seus trabalhos, informou Ivanir dos Santos.
Edição: Marcos Chagas

 http://www.ebc.com.br/noticias/brasil/2013/11/atividades-culturais-no-rio-marcam-comemoracoes-do-dia-da-consciencia-negra
20.11.2013 - 11h35 | Atualizado em 20.11.2013 - 12h02

Cineclube Henfil exibe filme em comemoração ao Dia da Consciência Negra

Prefeitura de Maricá/RJ
Publicado em 19 de Novembro de 2013
Texto: Rafael Zarôr | Fotos: Divulgação
http://www.marica.rj.gov.br/?s=noticia&n=3571
 




Documentário “Rainha Quelé” será apresentando 
nesta quarta-feira (20/11), às 19h, na Casa de Cultura. O evento é gratuito

Sambista fez parcerias de sucesso com João Bosco, Martinho da Vila, Paulinho da Viola, entre outros


Em comemoração ao Dia da Consciência Negra (20 de novembro), o Cineclube Henfil de Maricá exibe nesta quarta-feira o documentário “Rainha Quelé” (2011 – Brasil), história sobre a sambista Clementina de Jesus, grande dama do samba que dividiu palcos com Pixinguinha, Paulinho da Viola e João Bosco, entre outros ícones da música nacional. O projeto da secretaria municipal de Cultura exibe o filme às 19h, na Casa de Cultura, no Centro. O evento é gratuito e haverá distribuição de senhas 30 minutos antes da sessão.
Dirigido pelo cineasta Werinton Kermes, o documentário narra a trajetória de Clementina de Jesus, carinhosamente chamada de Quelé pelos amigos. A artista, que começou a cantar profissionalmente só aos 62 anos, trabalhou como empregada doméstica durante 20 anos, até ser descoberta pelo pesquisador de Música Popular Brasileira (MPB) Hermínio Bello de Carvalho, em 1963, quando se apresentava em bares cariocas. Com 56 minutos de duração, o documentário é enriquecido ainda com depoimentos de Martinho da Vila, Lecy Brandão, Cristina Buarque de Holanda, Carlinhos Vergueiro, João Bosco e Paulinho da Viola.
No repertório da artista, estão canções gravadas por grandes nomes da MPB, como “Marinheiro Só”, interpretada por Caetano Veloso, e sambas considerados os mais "modernos" do repertório de João Bosco, Paulinho da Viola e Martindo da Vila. Neta de escravos, Clementina de Jesus (1901-1987) nasceu em Valença, no Sul Fluminense, e aos 10 anos foi morar no bairro de Oswaldo Cruz, na Zona Norte do Rio de Janeiro, onde acompanhou o surgimento da Escola de Samba Portela, importante influência musical de sua carreira.
Clementina de Jesus gravou 11 discos e também fez diversas participações especiais, como no álbum “Milagre dos Peixes", de Milton Nascimento, em que interpretou a faixa "Escravos de Jó". Foi uma das representantes do país no Festival de Arte Negra de Dacar, no Senegal, e no Festival de Cinema de Cannes, na França, em 1966. A cantora ainda foi homenageada, em 1983, por um espetáculo no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, com a participação de Paulinho da Viola, João Nogueira, Elizabeth Cardoso, entre outros grandes nomes do samba.
A Casa de Cultura fica na Praça Dr. Orlando de Barros Pimentel, no Centro.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Circuito Cinema Popular Brasileiro começa hoje.

Temporada terá 13 sessões até a 10a Mostra Cinema Popular Brasileiro, em novembro

A partir de hoje, a produção da 10a Mostra Cinema Popular Brasileiro, através da Curadoria de Cinema, Escola Livre de Comunicação e Artes e Casa Cultural Mata Atlântica, realizará 13 sessões de cinema Brasileiro na Tribuna Livre Cultural, em Lumiar (Nova Friburgo/ RJ/ BR). O Circuito Cinema Popular Brasileiro tem como objetivo fomentar a exibição de filmes nacionais para a comunidade e turistas, exercitando, desta maneira, o contato destes com o cinema brasileiro em diferentes gêneros.
O Circuito Cinema Popular Brasileiro faz parte das ações educativas e de fomento ao cinema brasileiro propostas pela Mostra Cinema Popular Brasileiro, que este ano, em sua décima edição, acontecerá de 14 a 17 (feriado de Proclamação da República), em Lumiar, na Tribuna Livre Cultural.
Cartaz Clementina de Jesus Rainha Quelé 
Na sessão de abertura do Circuito será exibido o documentário de Werinton Kermes ‘Clementina de Jesus, Rainha Quelé’. O filme foi enviado para a 8a Mostra Cinema Popular Brasileiro em 2011 e exibido em Rio das Ostras. A obra foi cedida para uso em projetos vinculados à Videoteca Cinema Popular Brasileiro naquele ano. Sua inserção no circuito pela Curadoria de Cinema - produtora que seleciona os filmes que comporão a programação do Circuito Cinema Popular Brasileiro -, faz parte das ações de difusão de seu acervo. 
As sessões do Circuito acontecerão às sextas-feiras, sempre às 19h30, com entrada franca.
Curta a página do Circuito Cinema Popular Brasileiro e acesse o site do projeto para saber mais.

Circuito Cinema Popular Brasileiro

Curadoria de Cinema


Apresentam
Circuito Cinema Popular Brasileiro


A partir do dia 16 de agosto de 2013, a produção da 10a Mostra Cinema Popular Brasileiro, através da Curadoria de Cinema e Escola Livre de Comunicação e Artes, realizará 13 sessões de cinema nacional na Tribuna Livre Cultural, em Lumiar (Nova Friburgo/ RJ/ BR). O Circuito Cinema Popular Brasileiro tem como objetivo fomentar a exibição de filmes nacionais para a comunidade e turistas, exercitando, assim, o contato destes com o cinema brasileiro em diferentes gêneros.
O Circuito Cinema Popular Brasileiro faz parte das ações educativas e de fomento ao cinema brasileiro propostas pela Mostra Cinema Popular Brasileiro, que, este ano, em sua décima edição, acontecerá de 14 a 17 (feriado de Proclamação da República), em Lumiar, na Tribuna Livre Cultural. As inscrições para a 10a Mostra Cinema Popular Brasileiro já estão abertas pelo site www.mostracinemapopularbrasileiro.wordpress.com.
As sessões do Circuito acontecerão às sextas-feiras, sempre às 19h30, com entrada franca, na Tribuna Livre Cultural; Rua Deputado Amâncio Mario de Azevedo, 145 (em frente ao lago de Lumiar).
Release

Passados mais de sessenta anos de uma existência longe dos palcos, longe das mídias e talvez sem que ela nem sequer tivesse sonhado que isto seria possível, pelas mãos de Hermínio Bello de Carvalho, veio à tona com sua voz rascante, gutural, quase um grito. Abalou as estruturas musicais. Era uma senhora, negra, pobre, dona de casa e empregada doméstica que passou a cantar com João Bosco, Pixinguinha, Paulinho da Viola. Das incelenças, pontos e jongos aos sambas dissonantes e sofisticados, tudo, na voz de Clementina de Jesus, ganhou outra cor: a cor da terra afro-brasileira e sua memória ancestral.
Inexplicavelmente, quase não se fala mais em Clementina de Jesus. Fatores múltiplos convergem para este silêncio: desinteresse do público ou pura ignorância (no sentido daquilo que se ignora, porque não se conhece), inviabilidade comercial alegada pelas gravadoras, esclarecendo-se qualquer confusão que se faça entre o que é cultura e o que é mercado, porém como se só fosse possível se entender a cultura pela lógica do mercado, além de impasses com direitos autorais, em contraponto com um direito nacional – o de se entender o passado brasileiro. Deste modo, fica nublada, mais uma vez, pelo véu do esquecimento, uma dentre as passagens mais poéticas e significativas da musicalidade brasileira e uma das mais contundentes presenças da negritude na construção da nossa identidade, Clementina de Jesus.
É deste resgate, desta reflexão, deste papel social e histórico que este trabalho pretende, se não dar conta, pelo menos rememorar e de alguma forma auxiliar a propagar uma voz, uma imagem que não deve, absolutamente, deixar de ser reverenciada, revivida. É um direito do cidadão brasileiro de conhecer a figura e a voz única de Clementina de Jesus. É João Bosco que avisa: “é impossível se viver uma vida no Brasil sem conhecer Clementina de Jesus”. É um dever cultural à memória musical, à condição social afro-brasileira, um dever antropológico, moral e poético.
Por isso, após exaustivos, mas também gratificantes quase dez anos de pesquisas, nos quais, aos poucos, engajou-se uma equipe, cujo trabalho de juntar retalhos se deu sempre de forma voluntária e apaixonada, finaliza-se um documentário intitulado “Clementina de Jesus: Rainha Quelé”.
Trata-se de um apanhado em mosaico, constituído, sobretudo, a partir dos relatos, das narrativas construídas com os depoimentos dos entrevistados, paralelas à pesquisa do material iconográfico da carreira da cantora negra. Ainda como peça fundamental para a concretização do vídeo-reportagem está a obra “Rainha Quelé”, organizada pelo pesquisador Heron Coelho e que traz textos de autores importantes, tais como Hermínio Bello de Carvalho, Nei Lopes, entre outros, que escreveram sobre Clementina de Jesus, relatando parte de sua obra e vida. Os textos foram fundamentais para nortear o roteiro.
O vídeo foi realizado sem nenhum tipo de apoio ou incentivo público. Recursos empregados para viagens, hospedagens, uso de equipamentos, foram dispendidos pelos realizadores. Todos os profissionais envolvidos engajaram-se voluntariamente ao trabalho, há que se destacar sempre. Curioso, mas explicável e lógico, que esta iniciativa tenha que ter partido de pessoas não ligadas a grandes grupos de mídia, já que a principal investidora no projeto é uma pequena produtora de Votorantim, no interior de São Paulo.
O diretor é militante da ideia da “semeação da cultura e da memória”. Ou seja, o que se resgata aqui é a ideia da cultura como cultivo – propagar, plantar para não deixar morrer. Trata-se ainda, segundo os realizadores, de um trabalho de conscientização de que o Brasil tem uma dívida com a cultura negra.
Dentre as tomadas de imagem realizadas, as mais poéticas encontram-se quando se enfatiza a vivacidade da música e da dança negra vivenciadas no Quilombo São José da Serra, no estado do Rio de Janeiro. Clementina de Jesus nasceu em Valença, no mesmo estado. Seus pais eram remanescentes de origem banto, provável origem dos negros de São José. Por isso, a narrativa entrecruza a imagem de muitos negros, entre eles, Clementina de Jesus.
Entre os entrevistados, estão Paulinho da Viola, João Bosco, Cristina Buarque, Martinho da Vila, Leci Brandão, Paula Lima, Monica Salmaso, Carlinhos Vergueiro. Todos fizeram questão de deixar seus testemunhos, não só pelo reconhecimento da relevância de Clementina de Jesus para a música e a cultura brasileira, bem como pelo amor e carinho para com Clementina. Tanto ela, Clementina, quanto o Quilombo São José, são patrimônios imateriais da cultura brasileira, e necessitam deste reconhecimento oficial - esta é uma das aspirações dos realizadores: que se possa alertar para esta necessidade. Neste sentido, a exibição da obra é destinada apenas a espaços públicos e alternativos e a distribuição será totalmente gratuita. Trata-se da consciência de que não se confunde cultura e mercado, bem como do desafio de se explicitar a necessidade de apoio e espaços para aquilo que o mercado não contempla, mas que é parte fundamental da memória e da cultura brasileiras.
Além da carreira, destacam-se aspectos do dia a dia de Clementina de Jesus, com cenas inéditas da cantora em sua casa, imagens estas que são fruto da colaboração daqueles que nela acreditam como um patrimônio imaterial.
A primeira exibição aconteceu em 14 de maio de 2011, no Quilombo São José da Serra, em uma festa na qual se comemora a abolição da escravatura. Neste caso, valeu-se como um tributo à negritude e, por justiça, a comunidade negra da qual Clementina é ascendente, foi a primeira a receber o resultado do vídeo-reportagem. Percorreu, desde então, importantes mostras e festivais, tendo inclusive conquistado prêmios.
O grupo Cupinzeiro, de Campinas, SP, também engajado na causa, ofereceu uma música com o tema da negritude para compor o trabalho. Não fosse o engajamento e a crença na necessidade de superar a lógica de mercado, portanto, e sem recursos públicos, esta obra não seria possível. “É uma obra composta coletivamente. Pela necessidade de se resgatar a musicalidade de Clementina de Jesus e pelo dever de exaltação à memória negra no Brasil”, afirmam os realizadores.
Sobre o diretor, Werinton Kermes, é documentarista, tendo realizado, entre outros, “João do Vale: muita gente desconhece”. É diretor do projeto de comunicação alternativa Provocare, produtor cultural e fotógrafo. A roteirista, Míriam Cris Carlos, é doutora em Comunicação e Semiótica e pesquisadora do Mestrado em Comunicação e Cultura da Universidade de Sorocaba.
Ressalta-se que o trabalho não possui finalidade comercial. A obra está à disposição de entidades, fundações, escolas, espaços públicos e alternativos, pesquisadores, sem nenhum custo, enfim, todos aqueles que se responsabilizem pela propagação da memória de Quelé (forma como Clementina era chamada na infância). A todos aqueles que também acreditam que é possível semear a cultura.

Texto: Míriam Cris Carlos

Nome: Clementina de Jesus - Rainha Quelé
Cor filmagem: Colorida
Origem: Brasil
Ano de produção: 2011
GêneroDocumentário
Duração: 56 min
Classificação: Livre
DireçãoWerinton Kermes

A 10ª Mostra Cinema Popular Brasileiro e o Circuito Cinema Popular Brasileiro têm
Realização - Curadoria de Cinema, Escola Livre de Comunicação e Artes e Casa Cultural Mata Atlântica
Assessoria de Comunicação - ImprensaBR Assessoria de Comunicação
Divulgação e Promoção - Jornal O Polifônico
Parceria - Cineclube Lumiar e Tribuna Livre Cultural

quinta-feira, 18 de julho de 2013

“Um Jantar para Clementina”

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Juliana Ribeiro convida para “Um Jantar para Clementina”

 
Uma homenagem ao legado musical de Clementina de Jesus reúne mais uma vez artistas baianos no Cine Tetro Solar Boa Vista para saudá-la no dia do seu aniversário de morte, 19 de julho.
Mais uma vez artistas baianos se reunirão no Cine Teatro Solar Boa Vista para homenagear a cantora Clementina de Jesus e evocar toda a ancestralidade musical afro-brasileira que ela ajudou a perpetuar, tornando-se uma das mais importantes artistas do país. A data do encontro é 19 de julho, próxima sexta-feira, quando se completam 26 anos de morte da Rainha Quelé, que tanta fascinação causou pelo timbre da sua voz e presença sempre cativante.
Os anfitriões da noite são a cantora e compositora Juliana Ribeiro e o gestor cultural do Teatro Solar Boa Vista, Chico Assis, tendo como banda base o Grupo Botequim, conhecido pela qualidade das rodas de samba que realizam pela Cidade. A festa inicia com a exibição do filme documentário ” Rainha Quelé” do diretor  Werinton Kermes, que já confirmou presença no evento. Se ano passado a homenagem pelos 25 de partida de Clementina contou com a exibição de fotos, documentário sobre sua vida e um grande show com a participação de mais de 40 artistas, esse ano a celebração ganhou uma nova proposta e acontecerá na forma de um “Jantar para Clementina”, com foco nos hábitos da sambista de sorriso largo, mais precisamente sua comida favorita.
Quem assina as produções culinárias é o projeto Ajeúm da Diáspora, que, especialmente para a ocasião, pesquisou os pratos prediletos de Quelé para serem servidos durante toda a noite. O cardápio terá como entrada o “Oitili” ( bolinho de feijoada), e como prato principal o “Angú à Quelé” , uma releitura da culinária quilombola onde Clementina nasceu.  Enquanto isso, uma animada roda de música traz à cena o grande legado de Clementina, com ritmos como curimas, jongos, batuques, partidos, vissungos, num tributo comandado por Juliana e Grupo Botequim, com a participação diversos artistas, músicos e cantores da cena local. Já confirmaram presença: Grupo Barlavento, Lia Chaves, Fael I, Mariella Santiago, Claudia Costa, Belpa, Carlos Barros, Vércia Gonçalves, Ênio Bernardes, Grupo Tapuia, Jonga Lima, Chita Fina entre outros.
A homenagem à Rainha Quelé integra a programação do mês de aniversário de 29 anos do Cine Teatro Solar Boa Vista, o “Julho + Solar”. “São 29 dias de festa, do dia 3 ao dia 31, com uma programação bem diversificada em formatos de atividades e linguagens artísticas, incluindo a realização de homenagens, como a provocada mais uma vez pela artista Juliana Ribeiro, à Clementina de Jesus, e carinhosamente abraçada por nós”, explica o diretor cultural do espaço, Chico Assis.
“Minha busca é pela preservação da memória de Quelé que tanto nos ensina com seu canto e dignidade e ainda não é reconhecida dentro da MPB como deveria. Meu convite é para retribuir o que ela nos dá de melhor; cantar com alma e verdade a nossa ancestralidade”, justifica a cantora anfitriã da noite, Juliana Ribeiro.
SERVIÇO:
“Um Jantar para Clementina”
Homenagem aos 26 anos de morte de Clementina de Jesus
Quando: 19 de julho
Onde: Cine Teatro Solar Boa Vista – Engenho Velho de Brotas
Programação:
20h – Filme Rainha Quelé de Werinton Kermes;
21h – Um jantar para Clementina- projeto Ajeúm da Diáspora;
21h – Show Juliana Ribeiro com Grupo Botequim e convidados;
Ingressos: R$ 20 ( com direito a jantar); R$ 10 (sem o jantar)

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Documentário sobre Clementina de Jesus será reprisado pela TV Câmara

Makking off da entrevista com Paulinho da Viola



A TV Câmara irá reprisar neste sábado, 05/01, às 4h30 e às 20h o programa “Olhares” que traz na íntegra o documentário “Clementina de Jesus – Rainha Quelé”.

Selecionado dentre 224 filmes inscritos no 2º Concurso de Documentários da TV Câmara, o filme foi dirigido pelo sorocabano Werinton Kermes, e estreou no último domingo na programação da emissora. “Recebemos muitas mensagens de todo o país de pessoas que assistiram pela TV e gostaram do nosso trabalho. Não tem nada mais recompensador que isto”, disse Kermes.

O média-metragem conta a história da cantora Clementina de Jesus, cuja voz foi descoberta depois que ela tinha 60 anos e, a partir daí, passou a cantar com grandes nomes da música como João Bosco, Pixinguinha e Paulinho da Viola. Diversos cantores famosos deram seus depoimentos para o documentário roteirizado por Míriam Cris Carlos com edição de imagens de Marcelo Domingues.

 A TV Câmara pode ser sintonizada por meio das principais operadoras de TV a cabo, incluindo Super Mídia Votorantim (canal 98) e Net Sorocaba (6), Sky (113), por parabólica com sinal digital (01AE) e analógico (10A2) e por sinal aberto em algumas cidades.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

TV Câmara exibirá “Clementina de Jesus – Rainha Quelé” neste domingo (30)



Selecionado dentre 224 filmes inscritos no 2º Concurso de Documentários da TV Câmara, o documentário ”Clementina de Jesus – Rainha Quelé”, do sorocabano Werinton Kermes, irá estrear no programa “Olhares” da TV Câmara, neste domingo, 30/12, às 23h e será reprisado no sábado (05/01) às 4h30 e às 20h.

O Concurso público escolheu 42 médias e longas-metragens brasileiros, que agora compõem a grade de programação da emissora. O programa “Olhares” traz percepções diversas do Brasil: cultura, arte, manifestações populares, histórias, novas linguagens, experimentalismo. Nesse programa são exibidos documentários realizados pela TV Câmara e por outros produtores selecionados.

Produzido para ter finalidade histórica, cultural e jornalística, ”Clementina de Jesus – Rainha Quelé” conta a história de Clementina de Jesus, senhora negra, pobre, dona de casa e empregada doméstica que, após toda uma existência longe dos palcos e das mídias, aos 60 anos, através de Hermínio Bello de Carvalho, passou a cantar com grandes nomes da música como João Bosco, Pixinguinha e Paulinho da Viola, com sua voz rascante e gutural. Este ano completou 25 anos de sua morte.

Cantores como Martinho da Vila, Leci Brandão, Cristina Buarque de Holanda, Carlinhos Vergueiro, João Bosco e Paulinho da Viola, entre outros, participam da obra, falando um pouco das suas lembranças relacionadas à Clementina.

A obra foi dirigida por Werinton Kermes, com roteiro de Míriam Cris Carlos e edição de imagens de Marcelo Domingues. Já participou de importantes mostras e festivais, tendo conquistado prêmios.

 A TV Câmara pode ser sintonizada por meio das principais operadoras de TV a cabo, incluindo Super Mídia Votorantim (canal 98) e Net Sorocaba (6), Sky (113), por parabólica com sinal digital (01AE) e analógico (10A2) e por sinal aberto em algumas cidades.